Festival Puyanawa reúne turistas, mostra cultura e tradição de povo indígena em aldeia no AC

G1 AC - g1.globo.com/ac - 21/07/2022
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Visitantes de todas as partes do Brasil e do exterior acompanham o festival Atsa que ocorre entre os dias 18 a 22 de julho, em Mâncio Lima.

Cantos tradicionais, dança, comidas típicas, pinturas, brincadeiras de arco e flecha. Este é apenas um pequeno aperitivo do Festival Atsa Puyanawa, que ocorre durante esta semana, na aldeia de mesmo nome, na cidade de Mâncio Lima, no interior do Acre.

São cinco dias de festival, que é considerada a maior festa tradicional daquele povo. O nome 'Atsa' significa macaxeira e é justamente o que eles celebram, já que a iguaria é a principal fonte de renda da comunidade. Por isso, o que não falta durante a festa são comidas típicas, derivadas da macaxeira.

"O festival é uma experiência única. É uma festa muito esperada por todos da comunidade, do nosso povo e serve para reunir crianças, jovens, adultos e idosos, comemorando nosso festival durante cinco dias. Tem uma programação com as nossas comidas típicas, quando fazemos de todos os derivados da macaxeira, aproveitamos para expor as nossas artes, a caiçuma que é uma bebida tradicional, então evidencia toda a nossa cultura e tradição", disse Carol Puyanawa, que desenvolve várias ações da comunidade e tem atuado na divulgação da festa.

Da macaxeira é feita sopa, caiçuma, tapioca, bejú, mingau, farinha, massa de carimã entre outros. Além disso, também estão presentes outras comidas típicas como peixe assado na folha, farinha de coco, farinha de tapioca. Mas, nem só de experiência culinária se faz o festival.

Também tem show tanto em português como na língua tradicional, conhecimento e uso da medicina, costumes, cultura, conhecimentos da floresta, onde os visitantes fazem trilha, e as pessoas vão para a mata conhecer o cipó da ayahuasca, ouvir as histórias do povo.

"O festival pra mim representa o resgate cultural do meu povo, é uma oportunidade de reunir toda nossa comunidade e juntos celebrar nossa cultura, expor nossas artes e conhecimentos, aprender mais sobre nossa língua, passar para as crianças e futuras gerações o legado tradicional. Eu como jovem e mulher indígena me sinto muito honrada de poder ter essa festa e poder ver todo meu povo cantando, dançando e se alegrando com nossa cultura", concluiu Carol.

O festival, além exaltar a cultura dos povos indígenas, também movimenta a economia na região do Juruá, com a presença de turistas que vão até local para acompanhar o evento.

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